A Embraco desenvolveu um microcompressor de apenas 200 gramas e do tamanho de um pincel atômico. A nova solução, em fase de protótipo, possibilita repensar a forma secular de fabricação de produtos refrigerados, passando de grandes sistemas estáticos a pequenos objetos portáteis.

Empresa global com sede no Sul do Brasil e fábricas na Europa e Ásia, a Embraco vinha pesquisando tecnologias para refrigeração em pequena escala nos últimos quatro anos e, ao final, a solução mostrou-se atraente pela leveza, novo patamar de eficiência energética em relação a soluções alternativas de geração de frio e versatilidade: o microcompressor dispensa o uso de óleo lubrificante, podendo ficar em qualquer posição no sistema. Outra vantagem da ausência de óleo é a proteção ao meio ambiente, já que o óleo poderia contaminar o solo e o lençol freático no caso de um eventual descarte incorreto do produto após o uso.

Com suas características diferenciadas, o microcompressor pode ser aplicado em diferentes segmentos, estima o gestor de Novos Negócios da Embraco, Edu Machado. O principal deles é a refrigeração de componentes eletrônicos de máquinas industriais. Os equipamentos que utilizam eletrônica geram calor e o microcompressor se mostrou uma solução muito eficiente para dissipá-lo. A instalação da linha-piloto do produto para esse tipo de aplicação ocorrerá no primeiro semestre de 2011.

Outras aplicações identificadas até o momento são geladeiras portáteis, compartimentos refrigerados para uso na área médica (como transporte de órgãos) e em automóveis, e até mesmo roupas refrigeradas para situações em que o indivíduo é submetido a altas temperaturas.