Referência na arquitetura mundial, Brasília foi escolhida para ser a sede do 1º Simpósio Internacional sobre Arquitetura e Museus (Siam), que ocorre no Museu Nacional, no Eixo Monumental, até a próxima sexta-feira. O evento, que deve receber cerca de mil participantes, foi aberto ontem com uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer e ao museólogo Georges Henri Riviere. Durante o simpósio, será discutida a importância do investimento em cultura, abordando a necessidade de criação de museus ou centros culturais para o desenvolvimento de determinadas regiões do país. O evento, que é gratuito, contará com a participação de representantes de 13 países.
“O público que se inscreveu vai desde estudantes até professores de arquitetura, museólogos e profissionais do turismo. O objetivo é provar que cultura é muito mais que shows: é patrimônio, preservação, conservação e educação”, disse a museóloga e membro da comissão organizadora do evento, Ione Carvalho. Uma das idealizadoras, ela quer que o simpósio seja realizado a cada dois anos.
O debate tratará sobre a sustentabilidade dos projetos arquitetônicos dos museus e suas implicações ambientais. Um ciclo de palestras específico falará sobre o que há de mais moderno em quesitos como a redução do consumo de energia e técnicas de refrigeração natural e aproveitamento da luz solar. É o caso do Museu do Design e da Moda de Lisboa, uma intervenção no edifício do antigo Banco Nacional Ultramarino, na capital portuguesa. “Optamos por deixar o edifício semidestruído”, explicou o arquiteto responsável pelo projeto, Ricardo Carvalho.
Dentro do tema, a Fundação Roberto Marinho vai apresentar o projeto do Museu do Amanhã, do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, com previsão de inauguração para 2012, no Rio de Janeiro. O local foi totalmente construído com material reciclado. Será abordada ainda proposta para a criação de um centro de excelência em conservação e restauração de arquitetura na capital federal.
Fonte: Correio Braziliense
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