17/9/2015
Brasil bate meta de redução de HCFC
No Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, o Brasil comemorou com o anúncio dos resultados da primeira fase do Programa Brasileiro de Eliminação dos Hidroclorofluorcarbonos (PBH).

A camada de ozônio filtra a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), associada ao desenvolvimento de câncer de pele, danos à visão, envelhecimento precoce e supressão do sistema imunológico.

O Protocolo de Montreal, assinado por 197 nações para a proteção da camada de ozônio, estipulou como meta para 2015 para países em desenvolvimento a redução em 10 % do consumo de hidroclorofluorcarbonos (HCFC) em comparação à média de 2009 e 2010. O Brasil ultrapassou esse objetivo, reduzindo 16,6%.

Nos últimos três anos, a estratégia brasileira para cumprir a meta teve como foco a conversão do uso de 220,3 toneladas de gases HCFC por alternativas mais sustentáveis. O país deixou de usar 168,8 toneladas do gás HCFC141B no setor de espumas e 51,5 toneladas de HCFC22 no setor de refrigeração.

“O HCFC141B era usado como agente de expansão para produção de espumas. Nos últimos anos, esse gás passou a ser substituído por outras substâncias com o mesmo papel de expansão, mas que não fazem mal ao meio ambiente”, esclareceu Ana Paula Leal, especialista em espumas de poliuretano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). As metas brasileiras são desenvolvidas e coordenados pelo MMA e cabe ao PNUD executar os projetos no País, auxiliando o setor produtivo.

Até 2020, o Ministério do Meio Ambiente planeja finalizar a conversão tecnológica do setor de espumas e iniciar a conversão de parte do setor de refrigeração comercial e de aparelhos de ar condicionado. Os setores que usam esses gases danosos receberão apoio tecnológico e financeiro para buscar alternativas e manter a competição quando a produção de químicos inimigos do ozônio for banida, em 2040. Esses químicos não são produzidos no Brasil. Atualmente, a importação dessas substâncias é controlada pelo Ibama e precisa de licença.

Para chegar ao resultado, o País contou com aporte financeiro do Fundo Multilateral, custeado por 45 países para executar os programas propostos para a área. Foram investidos no Brasil, entre 2012 e 2015, US$ 19,5 milhões referentes às ações da primeira meta.

A expectativa agora é o financiamento de US$ 40 milhões (R$ 153,4 milhões) para a segunda etapa do programa, que terá também a participação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido). O resultado da negociação será divulgado em novembro.

Fonte: Portal Brasil
 
 
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