10/3/2015
Zona Franca quer produzir AC portátil
Fora da Ásia, o Amazonas é o único lugar do mundo onde se produz ar-condicionado. Agora, todos os órgãos ligados ao Polo Industrial de Manaus (PIM) iniciaram um debate com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) sobre a implantação de um novo produto do setor: o portátil. O objetivo é que os primeiros componentes comecem a ser produzidos no segundo semestre deste ano.

“Essa discussão é em torno do processo de produção para não causar nenhum aperto às fábricas que já existem aqui. Precisamos de um prazo para essa adaptação”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (SIMMMEM), Athaydes Mariano. “Estamos concentrando as maiores produtoras de ar-condicionado do País. Mas uma mudança brusca não seria boa”, ressaltou.

Quase semanais, as reuniões para discutir o tema têm a participação de representantes de diferentes organizações, como Federação das Indústrias do Estado Amazonas (Fieam), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), entre outros ligados diretamente à Zona Franca de Manaus (ZFM).

“Existem três tipos de ar condicionado: de janela, split e portátil. Queremos um PPB (Processo Produtivo Básico) do portátil. O de janela é totalmente feito em Manaus e o Split tem um PPB em vigor, com três fases e verticalização prevista para encerrar em 2017. O portátil não tem PPB, ou seja, não pode ser produzido em Manaus”, declarou o vice-presidente de relações institucionais da Whirlpool, Armando Ennes do Vale.

A produção de ar-condicionados é de 4 milhões de unidades por ano, em dez empresas, que somam um total de 14 marcas. São aproximadamente 15 mil empregos diretos e indiretos. Segundo ele, o ponto crucial é que todos falam de compostos diversos, mas não das verticalizações. E o foco não são mudanças no PPB, mas definições do processo de implantação do novo produto no PIM.

“Todos ficam falando de mudanças, mas a indústria já tem algo combinado, um PPB fixado. O MDIC fez uma proposta muito complexa: querem que se produza no formato completo. Todo produto começa em Manaus como semi desmontado, depois vai verticalizando”, disse. “Primeiro tem que estabelecer a indústria, depois a verticalização”, enfatizou.

Fonte: acrítica.com.br
 
 
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