Depois de anos de especulações sobre quem levaria a Lojas Colombo, maior rede de varejo do Sul do país, um desfecho (ou pelo menos parte dele) parece ter sido concluído. A Cybelar, rede de eletro e móveis do interior paulista, fechou um contrato de compra e venda das 65 lojas da Colombo, em São Paulo e no Sul de Minas Gerais.
A negociação foi conduzida pelos presidentes das duas companhias, Adelino Colombo, da Lojas Colombo, e Ubirajara Pasquotto, da Cybelar e o contrato fechado na sexta-feira, dia 9, em Farroupilha, cidade onde fica a sede da varejista gaúcha. A aprovação do negócio ainda precisa passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Criada há 60 anos, na cidade de Tietê, interior paulista, a Cybelar tem hoje mais de 90 lojas de varejo distribuídas no interior de São Paulo, 1.900 funcionários e um faturamento estimado em 460 milhões de reais. Agora com a aquisição,também terá a oportunidade de aumentar ainda mais seus negócios em cidades do interior paulista e mineiro, onde a concorrência com grandes redes de varejo são menores.
“Teremos um crescimento mais focado em nossa região de origem”, disse Ubirajara Pasquotto, presidente da rede fundada por seu pai. Segundo o empresário, todas as lojas serão mantidas e todos os colaboradores da Colombo serão absorvidos.
Os planos da Lojas Colombo com a venda dos negócios em Minas e São Paulo é, além de reforçar o caixa, concentrar seus novos investimentos nas regiões onde já é líder ou tem participação de mercado bastante significativa, que são nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. A estimativa é que, apenas nos três estados, onde a rede possui 325 lojas, o faturamento tenha chegado a 1,38 bilhão de reais em 2011.
“Nosso plano estratégico para 2013 prevê grandes investimentos nos três estados do Sul, onde também lançaremos novas linhas de negócios, sempre no setor do varejo”, adianta Adelino Colombo.
A empresa afirma ainda que irá “intensificar a atuação nos multicanais de venda, como lojas físicas, televendas, mobile, atacado e corporativo, licitações e e-commerce”. Irá ainda ampliar negócios em segmentos onde já está presente, como comércio de motos e consórcios.
Fonte: Revista Exame
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