O Ministério do Meio Ambiente reuniu no 16 (junho) especialistas em proteção à camada de ozônio, para debate sobre alternativas naturais de substituição aos gases prejudiciais à atmosfera, usados principalmente em equipamentos de refrigeração, que também são responsáveis pelo efeito estufa.
"Esse é um dos projetos mais importantes da Secretaria de Mudanças Climáticas. Temos um trabalho belíssimo de proteção à camada de ozônio, que pretendemos ampliar", disse o secretário de Mudanças Climáticas, Eduardo Assad, na abertura do seminário sobre Difusão do Uso de Fluidos Alternativos em Sistemas de Refrigeração e Ar Condicionado.
Em 2010, o MMA cumpriu a tarefa assumida pelo Brasil no Protocolo de Montreal de eliminar a produção e importação dos CFCs (clorofluorcarbonos), principais responsáveis pela redução da camada de ozônio. E a partir de agora amplia suas ações para buscar alternativas ainda mais protetoras ao ambiente celeste.
"O Brasil é referência no assunto, por isso estamos aqui", afirma o engenheiro Sergio Oddone Costanzo, coordenador do Projeto de Eliminação Total do CFC, do governo do Paraguai. Segundo ele, o seu País já eliminou o principal responsável pelo buraco na camada de ozônio, mas se espelha nas ações do MMA para o cumprimento de novas tarefas assumidas no Protocolo de Montreal.
O Ministério do Meio Ambiente agora inicia o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs. A sigla significa hidroclorofluorcarbonos, que surgiram como alternativa para a substituição dos CFCs, devido ao potencial de destruição do ozônio ser 50% menor, mas que em 1995 voltaram à lista de vilões por serem considerados gases de efeito estufa.
As alternativas naturais para equipamentos de refrigeração e ar condicionados divulgadas pelo MMA também atraíram ao Brasil técnicos do Ministério do Meio Ambiente do Chile. "Temos planos de eliminação dos HCFCs e viemos conhecer as alternativas brasileiras", relata Andres Quezada.
O encontro internacional também foi prestigiado por usuários de equipamentos de refrigeração e ar condicionado, como a rede de supermercados Walmart. Estamos aqui para conhecer as tendências, saber o que há de mais moderno, afirma Marcellus Cerchiai, engenheiro da área de Projetos.
Cerchiai disse que o Walmart já substituiu equipamentos em suas lojas e participa do seminário para conferir se está "no caminho certo". Ele informou que a refrigeração representa 30% do consumo de energia e que esse é um dos motivos da empresa buscar opções sustentáveis. Com novas tecnologias, protegemos a camada de ozônio, economizamos energia e contribuímos para redução dos gases de efeito estufa.
O Pão de Açúcar também se integra aos novos rumos assumidos no mundo. "A empresa tem medidas muito rígidas no controle de HCFCs. Já mudamos o sistema de 80% dos equipamentos de ar condicionado e as novas lojas já são inauguradas com as novas tecnologias de refrigeração", afirma Rodrigo Piloto, responsável pela área de Manutenção das lojas de Brasília, que participa do seminário.
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